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Que vazio, tão grande!!! Tenho imensas saudades da minha avozinha… hoje seria o seu aniversário, mas, já não foi possível festejarmos os 96, 97 e hoje os 98 anos.
Talvez, para preencher este meu estado, a recordo: mulher forte, brincalhona, cantadeira, dançarina, conversadeira, conselheira, inteligente, simpática, colaboradora, e que muito me ensinou, mimou a até traquinices aturou. Deu-me um verdadeiro exemplo de vida, bem como a oportunidade, e o grande privilégio de passarmos muitos bons e inesquecíveis momentos.
Ainda a ouço, dizer:
“- Deixai as crianças! Sempre a implicarem com elas. Já não vos lembrais, do vosso tempo” - acto protector; defendia-nos dos sermões dos pais e...
“ Então e agora, o que queres?!!… prá frente, é que é o caminho. Vou rezar todos os dias, para Deus vos proteger, dar muita força e coragem” - sua forma carinhosa, para nos incentivar a ultrapassar obstáculos
”- Não sei ler. Mas, como tem boca, vai a Roma!” (- e não é, que foi mesmo!!) - “- Ai se eu soubesse ler, ninguém me parava!” – um sonho, para além de Portugal, Angola, Moçambique, Brasil e Itália queria conhecer mais mundo
“- São umas desavergonhadas, umas bácoras” - muito, muito engraçada: quando via um filme/série/telenovela e as protagonistas beijavam uns e outros
“ - Gostava de ter nascido Homem, eles…” ou, “ - Com tantas mulheres em casa, o menino ainda tem que fazer…”
“- Faz-te uma grande mulher” – uma ordem, ou “ - És uma mulherzinha” – admiração pela «sua obra»
... até ao dia em que nos vamos voltar a abraçar!